segunda-feira, 11 de abril de 2011

só sei daquele cheiro que atravessa
atravessa
as paredes da memória
os instintos afetados extintos
se tornam expressivos

vivo

através de pés que não são meus
caminho
em meio ao escuro
ando
punhos cerrados
dentes se apertam
pêlos arrepiados

fluindo às águas
escorrem por entre os dedos
músculos duros de tensão

casca impenetrável a ceder
fachos de luz
entreluzem pelas frestas

há calor
há dor
ardor

livre dos venenos

há o bater de asas
da borboleta

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