quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Sacrifício

Ao continuar a caminhada no degradante
Sinto o cheiro das cortinas de fumaça que se formam
Tenho ânsia
Preciso de minhas mentiras
Preciso da abstração
Para que o espelho
Por um momento
Pare de refletir minha realidade
Só na minha terra de cegos
É possível enxergar com venda nos olhos
No escuro
Não reclamo minha sina
O papel me agrada companheiro para outros mundos
Nele viajo por ruas e vilarejos desconhecidos
Esconderijos onde me protejo
Labirintos cerebrais
Perigosos labirintos sentimentais
Em que me perco e para achar a saída devo dexar ali
Uma parte mesmo que pequena
Um sacrifício necessário
O sangue do cordeiro que trará a luz

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