Às minhas costas tudo é SILÊNCIO
tudo pára para observar o tédio do mundo
nenhum som reverbera em expanção universal
nenhum espasmo nehuma onda cruza o labirinto para chegar ao cérebro
meu pesadelo é maior do que minha vontade nesse momento
quando tudo se cala
o meu vazio transborda em desvontade
é um prédio velho sujo e alto
subo as escadas em ruínas
há o cheiro do nada espalhado
a morte ronda cada cômodo me dizendo que o seu é o único caminho
subi alto demais agora para poder voltar agora
ao pular do décimo andar o todo VAZIO do mundo me parece de uma beleza inimaginável
chega a doer olhar tudo tão calmo tudo tão em paz
parece mesmo que o mal do mundo era o ser humano
desde que tudo foi varrido o mundo parece poder descansar
Por isso a MORTE por isso caio nesse momento de encontro ao asfalto frio,
já atrapalhei seu descanso por muito tempo
agora preciso descansar também
não vejo nada além de sucatas ao meu redor
não vejo nada além de SOMBRAS
nada além da sombra da lua e seu peso sobre minhas costas
Não há mais niguém além de mim no mundo
Será ele meu por direito?
Sou o herdeiro do caos
Se é isso então nesse momento estou a caminho de me fundir ao que me pertence
e então serei eu o meu MUNDO.
No meio da queda escuto o TOQUE DE UM TELEFONE...
O que eu fiz...
...
Eu com mais um pouco de tudo o que está a minha volta, ou uma parte de mim ligada as coisas, ou um outro eu com outras coisas... enfim...
terça-feira, 22 de março de 2011
quinta-feira, 17 de março de 2011
A noite e o pássaro
Há um quadro, mas não na parede, nele há uma calçada, um muro baixo antigo, as paredes da casa são de um branco manchado pelo tempo, há janelas, algumas janelas, mas uma, a que fica mais alta, está caída, um pouco torta.
O telhado da casa tem um ângulo bem alto, é de uma cor musgo que não sei exatamente, mas penso que deve ser pelo próprio musgo que se acumula pelo abandono.
Há um jardim, com árvores altas, com sombras e mistérios soltos e a lua que impera entre as árvores ao lado da casa, como que colocada de propósito ali, uma coroa sobre nossas cabeças.
São suaves os contornos da noite,há uma longa caminhada, há uma marquinha no canto esquerdo da boca que precede o sorrir, há o xadrez, há um jogo de ligar os pontos, o bagunçado dá um ar relapso, há bombons, um pássaro, muita conversa e sono, muitos sorrisos, estranhamentos, contentamentos, reflexão e tudo é leve, é tenso, convites, acordos, profundidade e contradições, para completar há precipitação e revelações com uma pitada de mistério...
E há reticências nesse caminho...
sexta-feira, 11 de março de 2011
Pular
Ardo nesse momento, mãos ávidas e fogo! Acabo de me masturbar após ler metade de um livro, sinto ainda o desejo queimar por todas aquelas cenas de sexo sujo e escatológico, o sangue e a urina, o horror da morte e a prisão de nojo e tesão criada em volta de mim, do livro.
Estou inquieto e um pouco irritado nesse momento, continuo o mesmo de ontem, mas a bola de ferro que carrego pesa mais.
Há três gatos em cima do muro um deles não entende o que se passa na cabeça dos outros dois que saltam, em par com a morte para o abismo, sem um pingo de decência, afinal morrer daquele jeito é uma completa falta de pudor. O terceiro gato, sozinho, não pula, contempla a morte por algum tempo, depois se banha com sua língua áspera, ignorando completamente o acontecido... Que gato imbecil!
Estou entre a barreira, o limiar do negro e o branco, o umbral do diurno e noturno de mim mesmo, danço entre os dois para que possa haver certo equilíbrio, mas há uma hora em que o terceiro gato também deve sair do muro, a questão é para que lado, e entregar-se (morrer) no melhor sentido da palavra, a sua loucura e sua sanidade, a os pedaços de terra, a Deus e o Diabo...
Tenho pouco tempo de vida dentro desse carrossel de imagens aleatórias, preciso me entregar a devassidão, ou meu corpo partirá em dois.
Devo finalizar-me para me começar não ser para sentir o prazer sincero e sujo da vida real.
Real?
Vida de masturbação não é real, é idiotisse, é sem graça e é o mais comum, então vou mesmo é trepar com a vida pra ver o que nasce, a puta que pari, a terra ou Terra, a Vida ou a Morte...
Estou inquieto e um pouco irritado nesse momento, continuo o mesmo de ontem, mas a bola de ferro que carrego pesa mais.
Há três gatos em cima do muro um deles não entende o que se passa na cabeça dos outros dois que saltam, em par com a morte para o abismo, sem um pingo de decência, afinal morrer daquele jeito é uma completa falta de pudor. O terceiro gato, sozinho, não pula, contempla a morte por algum tempo, depois se banha com sua língua áspera, ignorando completamente o acontecido... Que gato imbecil!
Estou entre a barreira, o limiar do negro e o branco, o umbral do diurno e noturno de mim mesmo, danço entre os dois para que possa haver certo equilíbrio, mas há uma hora em que o terceiro gato também deve sair do muro, a questão é para que lado, e entregar-se (morrer) no melhor sentido da palavra, a sua loucura e sua sanidade, a os pedaços de terra, a Deus e o Diabo...
Tenho pouco tempo de vida dentro desse carrossel de imagens aleatórias, preciso me entregar a devassidão, ou meu corpo partirá em dois.
Devo finalizar-me para me começar não ser para sentir o prazer sincero e sujo da vida real.
Real?
Vida de masturbação não é real, é idiotisse, é sem graça e é o mais comum, então vou mesmo é trepar com a vida pra ver o que nasce, a puta que pari, a terra ou Terra, a Vida ou a Morte...
quinta-feira, 10 de março de 2011
Texto
mãos sujas, chuva e a batida do violão compõe o dia de hoje
há um cheiro molhado e uma certa impaciência
o estômago me incomoda numa estranha queimação
olhos pesados um texto ruim
preocupações atenção dispersa
a mente poluída uma música inventada na hora
alguma coisa sobre álcool no sangue
meu amor aqui tem nome oculto
não posso dize-la
mas está presente nesse texto
ela sempre está presente
é o que aquece dias frios como hoje
é mais para mim do que para todo mundo esse meu texto
para dizer-me nú
dizer-me eu
se gostarem .... rsrs...
eu cobro por hora...
(brincadeira amor, é só pra mexer contigo!)
cansei disso esse negocio de escrever exige muita calma
e metros e metros de papel colorido nas paredes
além de atrair assombrações
e também tem aquele gato do conto da menina que cai na toca do coelho
que aparece quando o céu está sem nuvens
aquilo anda na minha cabeça há uns dias
desde a ultima vez que perdi minha cabeça em algum canto da sala...
há um cheiro molhado e uma certa impaciência
o estômago me incomoda numa estranha queimação
olhos pesados um texto ruim
preocupações atenção dispersa
a mente poluída uma música inventada na hora
alguma coisa sobre álcool no sangue
meu amor aqui tem nome oculto
não posso dize-la
mas está presente nesse texto
ela sempre está presente
é o que aquece dias frios como hoje
é mais para mim do que para todo mundo esse meu texto
para dizer-me nú
dizer-me eu
se gostarem .... rsrs...
eu cobro por hora...
(brincadeira amor, é só pra mexer contigo!)
cansei disso esse negocio de escrever exige muita calma
e metros e metros de papel colorido nas paredes
além de atrair assombrações
e também tem aquele gato do conto da menina que cai na toca do coelho
que aparece quando o céu está sem nuvens
aquilo anda na minha cabeça há uns dias
desde a ultima vez que perdi minha cabeça em algum canto da sala...
quinta-feira, 3 de março de 2011
Com uma relação gostosa
Compreendo...
a luz o cheiro das coisas o que tem em tudo
compreendo o que me faz falta
o que me machuca
o que me acaricia
compreendo o que me falta
e o que me excede
me excedo as vezes para olhar em ti e ver que
eu sou bem mais eu
ao teu lado
e que essa falta de mim mesmo
me impulsiona e mata ao mesmo tempo
mas não é ruim
é quase como uma calmaria no mar
é instável como as águas
mas reconforta por ser enorme
compreendo que todo esforço
será e é recompensado por carícias que a brisa faz ao percorrer a superfície do mar
a questão toda é que me sinto como a gaivota que passeia sobre isso e vislumbra
da calmaria instável do oceano e ao mesmo tempo da brisa acalentadora que lhe toca o rosto
vejo refletido no meu próprio rosto o teu olhar me esperando
sei como é crescente a velocidade desse vôo
me sei completamente ligado a tudo pela liberdade
e pela vontade de sempre contemplar tua beleza
compreendo que serei teu assim como será minha
em breve...
(mesmo que esse breve demore)...
a luz o cheiro das coisas o que tem em tudo
compreendo o que me faz falta
o que me machuca
o que me acaricia
compreendo o que me falta
e o que me excede
me excedo as vezes para olhar em ti e ver que
eu sou bem mais eu
ao teu lado
e que essa falta de mim mesmo
me impulsiona e mata ao mesmo tempo
mas não é ruim
é quase como uma calmaria no mar
é instável como as águas
mas reconforta por ser enorme
compreendo que todo esforço
será e é recompensado por carícias que a brisa faz ao percorrer a superfície do mar
a questão toda é que me sinto como a gaivota que passeia sobre isso e vislumbra
da calmaria instável do oceano e ao mesmo tempo da brisa acalentadora que lhe toca o rosto
vejo refletido no meu próprio rosto o teu olhar me esperando
sei como é crescente a velocidade desse vôo
me sei completamente ligado a tudo pela liberdade
e pela vontade de sempre contemplar tua beleza
compreendo que serei teu assim como será minha
em breve...
(mesmo que esse breve demore)...
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