Às minhas costas tudo é SILÊNCIO
tudo pára para observar o tédio do mundo
nenhum som reverbera em expanção universal
nenhum espasmo nehuma onda cruza o labirinto para chegar ao cérebro
meu pesadelo é maior do que minha vontade nesse momento
quando tudo se cala
o meu vazio transborda em desvontade
é um prédio velho sujo e alto
subo as escadas em ruínas
há o cheiro do nada espalhado
a morte ronda cada cômodo me dizendo que o seu é o único caminho
subi alto demais agora para poder voltar agora
ao pular do décimo andar o todo VAZIO do mundo me parece de uma beleza inimaginável
chega a doer olhar tudo tão calmo tudo tão em paz
parece mesmo que o mal do mundo era o ser humano
desde que tudo foi varrido o mundo parece poder descansar
Por isso a MORTE por isso caio nesse momento de encontro ao asfalto frio,
já atrapalhei seu descanso por muito tempo
agora preciso descansar também
não vejo nada além de sucatas ao meu redor
não vejo nada além de SOMBRAS
nada além da sombra da lua e seu peso sobre minhas costas
Não há mais niguém além de mim no mundo
Será ele meu por direito?
Sou o herdeiro do caos
Se é isso então nesse momento estou a caminho de me fundir ao que me pertence
e então serei eu o meu MUNDO.
No meio da queda escuto o TOQUE DE UM TELEFONE...
O que eu fiz...
...

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