O ar é diferente, um calor torpe me move de um lado pro outro em um cambaleio coordenado, o ventilador tem o som da modernidade, as maquinarias do meu tempo.
O meu maquinário anda em descompasso, um descompasso imenso, com nome e sobrenome, mas que dá a sensação mais deliciosa de viver.
Sinto pés e mãos se entrelaçando aos meus, sinto um fio de pensamento constante, sinto um ímã do tamanho do maracanã de magnetismo.
Não estou só apesar da solidão do momento, não fico mais só há algum tempo.
Hoje compreendo que o segredo das coisas é como eu ando sobre minhas águas, como pode o milagroso ser natural e completamente compreensível e simples.
Fisicamente, sinto desconfortos insolentes me atacando os nervos cansados, triturados.
Sinto textos saindo das pontas dos dedos como agulhas que me espetam, num dor gostosa e aguda.
Meus passos hoje são em terrenos incertos e cheios de um crescente desejo de seguir em frente, em campos que se harmonizam para que minha vida siga sendo um labirinto com destino certo, mas caminhos feitos por mim e nada é unilateral, mas todos os lados seguem para a mesma direção evidente...
Aqui um aviso: esse texto será um dos últimos tratando de mim mesmo, como tenho feito ultimamente, daqui pra frente, serão textos relacionados a outros eus e uma exploração de locais desconhecidos.
Me despeço por hora, mas peço que se preste a devida atenção a outros mundos explorados pelos outros eus com outras coisas...












