sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Com um gosto diferente, com eletricidade...

Faço viagens astrais ao fechar os olhos hoje, respiro o ar um pouco mais puro com gosto de mar que permanece dos primeiros momentos.

O olhar penetra direto para o peito, se espelha pela coluna, em um arrepio sem fim, mãos macias, pele macia.

O carinho se confunde entre os dois, flui como uma energia, uma troca, faz voltas pelo ar, se choca, se aperta, os rostos em contato, mãos no cabelo, sinto cada pedacinho, vejo o desejo queimar a cada movimento, tudo oscila entre prazer e afeto.

De repente tudo some e voltamos antes do big-bang acontecer, onde só existe energia, onde só existe calor e nós dois, o universo é nada além disso, nada além da sensação maravilhosa a de ter nos braços, ver sorrir, entender...

O tempo é curto, depois muito mais tempo, só depois, não tenho pressa, tenho querer. Quero depois ter você que me curou os males.

Meu depoimento não é extenso, poderia escrever um livro sobre isso, mas histórias assim, tem detalhes demais, introjetados na forma e no ser, profundos que são mais para serem sentidos do que contados.

Pra você, uma homenagem, você...

Inesperadamente, intensamente, imensamente, amante...


"Um facho de luz
Que a tudo seduz
Por aqui estrela cadente
Reluzentemente
Sem fim
E um cheiro de amor
Empestrado no ar
A me entorpecer
Quisera viesse do mar
E não de você
Um raio que inunda
De brilho
Uma noite perdida
Um estado de coisas
Tão puras
Que movem uma vida
E um verde profundo
No olhar
A me endoidecer
Quisera estivesse
No mar
E não em você
Porque seu coração
É uma ilha
A centenas
De milhas daqui"
(Chico Buarque de Holanda)

Mas ainda não, ainda temos tempo, é curto, depois, um dia, assim quero eu, muito mais tempo...

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