sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

2 da manhã... E um punhado de palavras

Eu com mais um pouco de uma inquietação assombrosa. São 2 da manhã e não consigo dormir, estou agitado, não sei bem o que quero ou espero, mas essa inquietação não é normal. Está muito calor agora e eu vôo de um lado pro outro com os olhos (um bocejo), meu corpo precisa dormir, sinto tudo o que penso palavra por palavra pra compor o texto, isso me deixa zonzo, mas é divertido, se torna frenético o digitar, o som das teclas, as letras brancas no teclado preto para cima e para baixo a  uma velocidade hipnotizadora. Eu estou sozinho na sala e está tudo estranhamente quieto, tudo menos eu, eu que não paro, que tenho que escrever. Acho que é o que chamam de diarréia mental. Desce tudo, descarrega, não para, como um tobogã do cérebro direto para as pontas dos dedos. Acho que estou perdendo o jeito para a escrita. Não escrevo mais nada do que me orgulhar. Na verdade nunca escrevi para me orgulhar de nada, minhas escritas são apenas confissões de mim mesmo de coisas que estão prontas a assumir uma identidade monstruosa e me engolir, ponho-as para fora para que não o façam, é como chutar o gato de dentro de casa (sou contra violência com animais, isso foi só um exemplo) ou colocar o lixo para fora . Não posso mais continuar, pois minha diarréia terminou, vou me limpar agora...

Ps.: Observaram quantos "não" há nesse texto???

Esse texto na verdade é só uma negação de mim mesmo, uma barreira de impulsos, então peço a todos que realmente o desconsiderem, pois é a verdade mais mentirosa já dita aqui... eu mesmo não acredito em nada aqui contido...

2 comentários:

  1. Já me aconteceu isso mil vezes nesses últimos quarenta anos, desde o velório de Oswald de Andrade. Gorki se lembra.
    Mas acontece... Cuspemos!!!

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