Hoje escrevo um orgasmo, tenho Dioniso parado a meu lado, como um vigia noturno de meus pensamentos mais profundos.
Caio num mundo de fantasias minhas das mais deliciosas orgias sexuais, pois a noite, apesar de só a Deus pertence! Cercado de todos os lados por desejo de carne, de vinho e gozo.
Imagens belas que me atiram pra perto de um estado de êxtase, me arrancam do chão pra me surrar no ar.
Quero mais, (sempre, as coisas fogem do controle rapidinho assim, essa história de querer mais é sempre o que me leva ao erro), quero penetrar mais fundo no próprio desejo, sentir o éter subir pelo ar pra anestesiar meus sentidos, me trazer o conforto molhado do gozo, quero que os móveis desapareçam, que a sala perca dimensões de tamanho, o tempo some...
Uma mordida no lábio, um decote, a imaginação começa a tirar as roupas antes que se possa dizer qualquer coisa, vêem flashs e as paredes se pintam com imagens. Faço sexo com as paredes nesse momento (não literalmente, é só uma metáfora), mergulho numa abstração do mundo em que as coisa me engolem e eu só cresço; de dentro para fora músculos se tensionam em contrações ondulares.
Respiro ofegante o diafragma se aperta, posso sentir o tocar da pele a firmeza das curvas, o atrito dos movimentos, o suor levemente misturado a nudez absoluta de um ato intenso como a cavidade mais profunda da alma. Entre as pernas se encontra uma prisão, que se faz por ser paraíso, perdido? Perder-me-ei em mar de águas gozozas, entre seios , barriga, pescoço, mãos; entre gostos, cheiros, suavidades das carícias, apertos e unhadas. Ao olhar para o rosto que expressa o gosto do desejo puro, no fim da noite não quero mais parar aqui, meus sentidos já cegos vão... se... per.den..do... em... go... ......
Eterno...

Uau!
ResponderExcluirProfundo. Sem mais.
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