(Na imagem Ryszar Cieslak, ator do Teatro Laboratório de Jerzy Grotowski, considerado "ator santo".)
Voltamos aos treinos no Núcleo de Teatro, isso significa volta às dores, aos bloqueios, as travas e a enfrentamentos. Lido comigo mesmo, fazendo força contra minha parede. Estava ansioso para esse trabalho, árduo, belo, pelo grotesco que o envolve, simplesmente sentir a si, perceber-se. Fraquezas para trabalhar, o corpo para trabalhar de modo que esse consiga exprimir tudo que se passa dentro da vontade, do impulso.
Encaro com vontade esses desafios. Que venham as necessidades e que venham as virtudes libertas pelo sacrifício.
Evoé!!!
...
Eu com mais um pouco de tudo o que está a minha volta, ou uma parte de mim ligada as coisas, ou um outro eu com outras coisas... enfim...
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
terça-feira, 21 de junho de 2011
Poeminha...
Início do dia
início da semana
na terça-feira
o dia que se segue dá início ao cíclo do fim do mundo
com promessa de renovação
Há também o coração que se encontra leve
Descobre que leveza tem nome...
início da semana
na terça-feira
o dia que se segue dá início ao cíclo do fim do mundo
com promessa de renovação
Há também o coração que se encontra leve
Descobre que leveza tem nome...
segunda-feira, 13 de junho de 2011
O início da busca...
O texto que me vem a cabeça hoje é menos subjetivo que os anteriores.
Venho relatar sobre minhas pretensões neste momento em relação a minha vida e trabalho.
Começo a ver as duas coisas como indissociáveis, começo a entender que para fazer teatro é necessário uma entrega total, começo a entender que pulso levou Stanislávski a uma vida dedicada a Arte.
Não tenho a pretensão de me comparar aqui a ele, mas digo que busco neste momento encontrar o caminho para dedicar todos meus esforços ao propósito do trabalho de ator.
Há muitos exemplos de pessoas que se dedicaram inteiramente ao teatro, mas tive vontade de citar Stanislávski, pelo fato de ter relido algo sobre sua vida recentemente e por esse ser um mito para meu trabalho.
Sinto que minha palavras soam com uma certa inocência associada ao tom com que escrevo sobre o assunto, mas tenho em mente um pulso (não confundir com impulso), concreto, sólido, com base em minhas leituras dos relatos das vidas de homens que formam os alicerces de meus estudos.
Vejo hoje, mais que nunca o teatro como trabalho, incessante. Uma entrega diária ao estudo, investigação, experimentação e auto-formação.
Pretendo com esse texto marcar o início do aprofundamento do "trabalho sobre si mesmo" de que fala Stanislávski, em que pretendo pesquisar e refletir sobre meu meio de trabalho (meu corpo-mente).
Inicio, com grande satisfação um estudo mais aplicado das teorias teatrais e uma viagem hermética em busca de um teatro próprio.
Agora o primeiro passo é me organizar e mãos a obra.
E para finalizar o texto, finalmente entendo a "raiva" de que me fala e fico enaltecido por ter como um de meus companheiros de jornada no campo teatral alguém que admiro e com quem posso aprender muito.
Por hoje, é isso...
Venho relatar sobre minhas pretensões neste momento em relação a minha vida e trabalho.
Começo a ver as duas coisas como indissociáveis, começo a entender que para fazer teatro é necessário uma entrega total, começo a entender que pulso levou Stanislávski a uma vida dedicada a Arte.
Não tenho a pretensão de me comparar aqui a ele, mas digo que busco neste momento encontrar o caminho para dedicar todos meus esforços ao propósito do trabalho de ator.
Há muitos exemplos de pessoas que se dedicaram inteiramente ao teatro, mas tive vontade de citar Stanislávski, pelo fato de ter relido algo sobre sua vida recentemente e por esse ser um mito para meu trabalho.
Sinto que minha palavras soam com uma certa inocência associada ao tom com que escrevo sobre o assunto, mas tenho em mente um pulso (não confundir com impulso), concreto, sólido, com base em minhas leituras dos relatos das vidas de homens que formam os alicerces de meus estudos.
Vejo hoje, mais que nunca o teatro como trabalho, incessante. Uma entrega diária ao estudo, investigação, experimentação e auto-formação.
Pretendo com esse texto marcar o início do aprofundamento do "trabalho sobre si mesmo" de que fala Stanislávski, em que pretendo pesquisar e refletir sobre meu meio de trabalho (meu corpo-mente).
Inicio, com grande satisfação um estudo mais aplicado das teorias teatrais e uma viagem hermética em busca de um teatro próprio.
Agora o primeiro passo é me organizar e mãos a obra.
E para finalizar o texto, finalmente entendo a "raiva" de que me fala e fico enaltecido por ter como um de meus companheiros de jornada no campo teatral alguém que admiro e com quem posso aprender muito.
Por hoje, é isso...
segunda-feira, 25 de abril de 2011
I'm waiting
É uma rua simples
em uma tarde com folhas
e cheiro de não sei o que
as pessoas e suas rodas passam
as pessoas sem rodas demoram a passar
Uma cerveja e um copo d'água quebram
o clima tenso que a cidade traz
A dor em minhas costas incomoda
mas não mudo de posição
neste momento a escrita importa mais
Há outros incômodos colocando nuvens no meu céu azul
meu maior incomodo ainda é a dor
aquela que tapa meus sentidos mais necessários
essa dor me acompanha a tanto tempo
que nem a sinto mais dor
sinto-a órgão (paro para um gole)
Acima desse teto há dúvidas
acima do teto desse boteco
há o motivo
para a tarde de hoje
para esse poema
para o sonho dessa noite
da hora em que acordei
O dia de hoje tem nome
tem personalidade
tom de pele ossos órgãos
cheiro
olhos
sim olhos e curvas
mas principalmente olhos
e alma
Nesse momento
o que mais importa é a escrita
e a espera (eu espero mais uma vez)
porque há o teto
e o teto do boteco neste momento
e as paredes e as mesas
me separam do meu hoje
em uma tarde com folhas
e cheiro de não sei o que
as pessoas e suas rodas passam
as pessoas sem rodas demoram a passar
Uma cerveja e um copo d'água quebram
o clima tenso que a cidade traz
A dor em minhas costas incomoda
mas não mudo de posição
neste momento a escrita importa mais
Há outros incômodos colocando nuvens no meu céu azul
meu maior incomodo ainda é a dor
aquela que tapa meus sentidos mais necessários
essa dor me acompanha a tanto tempo
que nem a sinto mais dor
sinto-a órgão (paro para um gole)
Acima desse teto há dúvidas
acima do teto desse boteco
há o motivo
para a tarde de hoje
para esse poema
para o sonho dessa noite
da hora em que acordei
O dia de hoje tem nome
tem personalidade
tom de pele ossos órgãos
cheiro
olhos
sim olhos e curvas
mas principalmente olhos
e alma
Nesse momento
o que mais importa é a escrita
e a espera (eu espero mais uma vez)
porque há o teto
e o teto do boteco neste momento
e as paredes e as mesas
me separam do meu hoje
Um filme numa manhã de segunda e algo sobre liberdade
Homens combatem em suas terras
defendem seu território
São fazendeiros bêbados ex-soldados escravos
Com suas casas suas praças e igrejas
Orar e proteger a familia
a criança toma a arma na mão para honrar o dever
ser o homem a matar o leão
Longe dali as portas são trancadas
as janelas são trancadas
Jesus é testemunha
dali de sua cruz
Tudo arde
Há um certo desespero que se extingue aos poucos
com as chamas
O céu se mancha com a fumaça densa
e com os gritos dos mortos
Benjamin assiste a morte de seu segundo filho Gabriel
São as dores do patriotismo
Não se desviar
"Mantenham a linha!"
E Benjamin corre com a bandeira em direção ao inimigo
Todos o seguem
todos sabem o que devem fazer
São os homens que começaram a construir o "novo mundo"
Aqueles gritos ecoam
profundamente
defendem seu território
São fazendeiros bêbados ex-soldados escravos
Com suas casas suas praças e igrejas
Orar e proteger a familia
a criança toma a arma na mão para honrar o dever
ser o homem a matar o leão
Longe dali as portas são trancadas
as janelas são trancadas
Jesus é testemunha
dali de sua cruz
Tudo arde
Há um certo desespero que se extingue aos poucos
com as chamas
O céu se mancha com a fumaça densa
e com os gritos dos mortos
Benjamin assiste a morte de seu segundo filho Gabriel
São as dores do patriotismo
Não se desviar
"Mantenham a linha!"
E Benjamin corre com a bandeira em direção ao inimigo
Todos o seguem
todos sabem o que devem fazer
São os homens que começaram a construir o "novo mundo"
Aqueles gritos ecoam
profundamente
segunda-feira, 11 de abril de 2011
só sei daquele cheiro que atravessa
atravessa
as paredes da memória
os instintos afetados extintos
se tornam expressivos
vivo
através de pés que não são meus
caminho
em meio ao escuro
ando
punhos cerrados
dentes se apertam
pêlos arrepiados
fluindo às águas
escorrem por entre os dedos
músculos duros de tensão
casca impenetrável a ceder
fachos de luz
entreluzem pelas frestas
há calor
há dor
ardor
livre dos venenos
há o bater de asas
da borboleta
atravessa
as paredes da memória
os instintos afetados extintos
se tornam expressivos
vivo
através de pés que não são meus
caminho
em meio ao escuro
ando
punhos cerrados
dentes se apertam
pêlos arrepiados
fluindo às águas
escorrem por entre os dedos
músculos duros de tensão
casca impenetrável a ceder
fachos de luz
entreluzem pelas frestas
há calor
há dor
ardor
livre dos venenos
há o bater de asas
da borboleta
segunda-feira, 4 de abril de 2011
[ ] Escolhas
Incertezas
são portas em cada uma das esquinas
desse labirinto sem saída
sem contornos ou bordas
sem sentido ou falta dele
tenho certa noção do que está errado e o que está certo
tenho certa noção do que tenho que fazer
mas certeza nenhuma
então
tenho que entrar em alguma porta pra ver no que dá...
terça-feira, 22 de março de 2011
Sombras do Fim do Mundo
Às minhas costas tudo é SILÊNCIO
tudo pára para observar o tédio do mundo
nenhum som reverbera em expanção universal
nenhum espasmo nehuma onda cruza o labirinto para chegar ao cérebro
meu pesadelo é maior do que minha vontade nesse momento
quando tudo se cala
o meu vazio transborda em desvontade
é um prédio velho sujo e alto
subo as escadas em ruínas
há o cheiro do nada espalhado
a morte ronda cada cômodo me dizendo que o seu é o único caminho
subi alto demais agora para poder voltar agora
ao pular do décimo andar o todo VAZIO do mundo me parece de uma beleza inimaginável
chega a doer olhar tudo tão calmo tudo tão em paz
parece mesmo que o mal do mundo era o ser humano
desde que tudo foi varrido o mundo parece poder descansar
Por isso a MORTE por isso caio nesse momento de encontro ao asfalto frio,
já atrapalhei seu descanso por muito tempo
agora preciso descansar também
não vejo nada além de sucatas ao meu redor
não vejo nada além de SOMBRAS
nada além da sombra da lua e seu peso sobre minhas costas
Não há mais niguém além de mim no mundo
Será ele meu por direito?
Sou o herdeiro do caos
Se é isso então nesse momento estou a caminho de me fundir ao que me pertence
e então serei eu o meu MUNDO.
No meio da queda escuto o TOQUE DE UM TELEFONE...
O que eu fiz...
...
tudo pára para observar o tédio do mundo
nenhum som reverbera em expanção universal
nenhum espasmo nehuma onda cruza o labirinto para chegar ao cérebro
meu pesadelo é maior do que minha vontade nesse momento
quando tudo se cala
o meu vazio transborda em desvontade
é um prédio velho sujo e alto
subo as escadas em ruínas
há o cheiro do nada espalhado
a morte ronda cada cômodo me dizendo que o seu é o único caminho
subi alto demais agora para poder voltar agora
ao pular do décimo andar o todo VAZIO do mundo me parece de uma beleza inimaginável
chega a doer olhar tudo tão calmo tudo tão em paz
parece mesmo que o mal do mundo era o ser humano
desde que tudo foi varrido o mundo parece poder descansar
Por isso a MORTE por isso caio nesse momento de encontro ao asfalto frio,
já atrapalhei seu descanso por muito tempo
agora preciso descansar também
não vejo nada além de sucatas ao meu redor
não vejo nada além de SOMBRAS
nada além da sombra da lua e seu peso sobre minhas costas
Não há mais niguém além de mim no mundo
Será ele meu por direito?
Sou o herdeiro do caos
Se é isso então nesse momento estou a caminho de me fundir ao que me pertence
e então serei eu o meu MUNDO.
No meio da queda escuto o TOQUE DE UM TELEFONE...
O que eu fiz...
...
quinta-feira, 17 de março de 2011
A noite e o pássaro
Há um quadro, mas não na parede, nele há uma calçada, um muro baixo antigo, as paredes da casa são de um branco manchado pelo tempo, há janelas, algumas janelas, mas uma, a que fica mais alta, está caída, um pouco torta.
O telhado da casa tem um ângulo bem alto, é de uma cor musgo que não sei exatamente, mas penso que deve ser pelo próprio musgo que se acumula pelo abandono.
Há um jardim, com árvores altas, com sombras e mistérios soltos e a lua que impera entre as árvores ao lado da casa, como que colocada de propósito ali, uma coroa sobre nossas cabeças.
São suaves os contornos da noite,há uma longa caminhada, há uma marquinha no canto esquerdo da boca que precede o sorrir, há o xadrez, há um jogo de ligar os pontos, o bagunçado dá um ar relapso, há bombons, um pássaro, muita conversa e sono, muitos sorrisos, estranhamentos, contentamentos, reflexão e tudo é leve, é tenso, convites, acordos, profundidade e contradições, para completar há precipitação e revelações com uma pitada de mistério...
E há reticências nesse caminho...
sexta-feira, 11 de março de 2011
Pular
Ardo nesse momento, mãos ávidas e fogo! Acabo de me masturbar após ler metade de um livro, sinto ainda o desejo queimar por todas aquelas cenas de sexo sujo e escatológico, o sangue e a urina, o horror da morte e a prisão de nojo e tesão criada em volta de mim, do livro.
Estou inquieto e um pouco irritado nesse momento, continuo o mesmo de ontem, mas a bola de ferro que carrego pesa mais.
Há três gatos em cima do muro um deles não entende o que se passa na cabeça dos outros dois que saltam, em par com a morte para o abismo, sem um pingo de decência, afinal morrer daquele jeito é uma completa falta de pudor. O terceiro gato, sozinho, não pula, contempla a morte por algum tempo, depois se banha com sua língua áspera, ignorando completamente o acontecido... Que gato imbecil!
Estou entre a barreira, o limiar do negro e o branco, o umbral do diurno e noturno de mim mesmo, danço entre os dois para que possa haver certo equilíbrio, mas há uma hora em que o terceiro gato também deve sair do muro, a questão é para que lado, e entregar-se (morrer) no melhor sentido da palavra, a sua loucura e sua sanidade, a os pedaços de terra, a Deus e o Diabo...
Tenho pouco tempo de vida dentro desse carrossel de imagens aleatórias, preciso me entregar a devassidão, ou meu corpo partirá em dois.
Devo finalizar-me para me começar não ser para sentir o prazer sincero e sujo da vida real.
Real?
Vida de masturbação não é real, é idiotisse, é sem graça e é o mais comum, então vou mesmo é trepar com a vida pra ver o que nasce, a puta que pari, a terra ou Terra, a Vida ou a Morte...
Estou inquieto e um pouco irritado nesse momento, continuo o mesmo de ontem, mas a bola de ferro que carrego pesa mais.
Há três gatos em cima do muro um deles não entende o que se passa na cabeça dos outros dois que saltam, em par com a morte para o abismo, sem um pingo de decência, afinal morrer daquele jeito é uma completa falta de pudor. O terceiro gato, sozinho, não pula, contempla a morte por algum tempo, depois se banha com sua língua áspera, ignorando completamente o acontecido... Que gato imbecil!
Estou entre a barreira, o limiar do negro e o branco, o umbral do diurno e noturno de mim mesmo, danço entre os dois para que possa haver certo equilíbrio, mas há uma hora em que o terceiro gato também deve sair do muro, a questão é para que lado, e entregar-se (morrer) no melhor sentido da palavra, a sua loucura e sua sanidade, a os pedaços de terra, a Deus e o Diabo...
Tenho pouco tempo de vida dentro desse carrossel de imagens aleatórias, preciso me entregar a devassidão, ou meu corpo partirá em dois.
Devo finalizar-me para me começar não ser para sentir o prazer sincero e sujo da vida real.
Real?
Vida de masturbação não é real, é idiotisse, é sem graça e é o mais comum, então vou mesmo é trepar com a vida pra ver o que nasce, a puta que pari, a terra ou Terra, a Vida ou a Morte...
quinta-feira, 10 de março de 2011
Texto
mãos sujas, chuva e a batida do violão compõe o dia de hoje
há um cheiro molhado e uma certa impaciência
o estômago me incomoda numa estranha queimação
olhos pesados um texto ruim
preocupações atenção dispersa
a mente poluída uma música inventada na hora
alguma coisa sobre álcool no sangue
meu amor aqui tem nome oculto
não posso dize-la
mas está presente nesse texto
ela sempre está presente
é o que aquece dias frios como hoje
é mais para mim do que para todo mundo esse meu texto
para dizer-me nú
dizer-me eu
se gostarem .... rsrs...
eu cobro por hora...
(brincadeira amor, é só pra mexer contigo!)
cansei disso esse negocio de escrever exige muita calma
e metros e metros de papel colorido nas paredes
além de atrair assombrações
e também tem aquele gato do conto da menina que cai na toca do coelho
que aparece quando o céu está sem nuvens
aquilo anda na minha cabeça há uns dias
desde a ultima vez que perdi minha cabeça em algum canto da sala...
há um cheiro molhado e uma certa impaciência
o estômago me incomoda numa estranha queimação
olhos pesados um texto ruim
preocupações atenção dispersa
a mente poluída uma música inventada na hora
alguma coisa sobre álcool no sangue
meu amor aqui tem nome oculto
não posso dize-la
mas está presente nesse texto
ela sempre está presente
é o que aquece dias frios como hoje
é mais para mim do que para todo mundo esse meu texto
para dizer-me nú
dizer-me eu
se gostarem .... rsrs...
eu cobro por hora...
(brincadeira amor, é só pra mexer contigo!)
cansei disso esse negocio de escrever exige muita calma
e metros e metros de papel colorido nas paredes
além de atrair assombrações
e também tem aquele gato do conto da menina que cai na toca do coelho
que aparece quando o céu está sem nuvens
aquilo anda na minha cabeça há uns dias
desde a ultima vez que perdi minha cabeça em algum canto da sala...
quinta-feira, 3 de março de 2011
Com uma relação gostosa
Compreendo...
a luz o cheiro das coisas o que tem em tudo
compreendo o que me faz falta
o que me machuca
o que me acaricia
compreendo o que me falta
e o que me excede
me excedo as vezes para olhar em ti e ver que
eu sou bem mais eu
ao teu lado
e que essa falta de mim mesmo
me impulsiona e mata ao mesmo tempo
mas não é ruim
é quase como uma calmaria no mar
é instável como as águas
mas reconforta por ser enorme
compreendo que todo esforço
será e é recompensado por carícias que a brisa faz ao percorrer a superfície do mar
a questão toda é que me sinto como a gaivota que passeia sobre isso e vislumbra
da calmaria instável do oceano e ao mesmo tempo da brisa acalentadora que lhe toca o rosto
vejo refletido no meu próprio rosto o teu olhar me esperando
sei como é crescente a velocidade desse vôo
me sei completamente ligado a tudo pela liberdade
e pela vontade de sempre contemplar tua beleza
compreendo que serei teu assim como será minha
em breve...
(mesmo que esse breve demore)...
a luz o cheiro das coisas o que tem em tudo
compreendo o que me faz falta
o que me machuca
o que me acaricia
compreendo o que me falta
e o que me excede
me excedo as vezes para olhar em ti e ver que
eu sou bem mais eu
ao teu lado
e que essa falta de mim mesmo
me impulsiona e mata ao mesmo tempo
mas não é ruim
é quase como uma calmaria no mar
é instável como as águas
mas reconforta por ser enorme
compreendo que todo esforço
será e é recompensado por carícias que a brisa faz ao percorrer a superfície do mar
a questão toda é que me sinto como a gaivota que passeia sobre isso e vislumbra
da calmaria instável do oceano e ao mesmo tempo da brisa acalentadora que lhe toca o rosto
vejo refletido no meu próprio rosto o teu olhar me esperando
sei como é crescente a velocidade desse vôo
me sei completamente ligado a tudo pela liberdade
e pela vontade de sempre contemplar tua beleza
compreendo que serei teu assim como será minha
em breve...
(mesmo que esse breve demore)...
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Apnéia
Eu não sou louco.
Hoje por falta de opção afoguei meu ego na pia do banheiro, tratei de me livrar do corpo e me dar um novo ego, mais limpo, sem aquelas manchas de sempre do antigo.
Todas essas noções de certo e errado que nos cercam, também tratei de matá-las, são prejudiciais, arrancam de nós o potencial, nos alejam e nos deixam largados em desertos tão áridos que nem urubus atravessam.
Já vi pessoas morrerem nesses lugares, quando se morre assim, continua-se vivo e respirando, mas não há motivo, não há perspectivas, é como se faltasse algo muito importante, as pernas, ou o fígado, ou o coração, tanto faz, mas acho que é mais como se faltasse as pernas, porque acima de tudo, você não anda, você rasteja e com dificuldade é uma "semi-morte" dolorosa e lenta, muito lenta.
As pessoas felizmente podem voltar a viver após vários banhos e varias trocas de ego por novos, sem manchas, após receberem pernas novas, ou rins, ou cérebros, então elas se levantam e saem da areia podre do deserto de ossos, lá tudo fede a mofo, por tão velhos os mesmos ideais e os mesmos costumes e as mesmas punições e modos de agir, com todas as mesmas velhas ordens e falta de desordem, raramente as pessoas conseguem se salvar desse inferno.
Por falar em inferno, atrevesso por ele a cada porta que passo a cada caminho que tomo, mas atinjo hoje certos níveis de consciência que me permitem olhar para a cara do danado, mostrar o dedo médio e sair sorrindo, só depois de arder no seu fogo durante muito tempo (cerca de 2000 anos) é que adquirimos esse direito.
Então como eu estava dizendo, hoje, a renovação regada a uma quantidade considerável de álcool e olhos fundos por noites em claro e é claro esse calor que não me deixa dormir (devo muitos de meus pensamentos ao calor). Eu precisava de um corpo novo, precisava de mais um copo de conhaque, precisava sair do meu inferno que havia me sequestrado pra dentro de suas entranhas e me dilacerava me deixando aos pedaços.
Foi muito rápido que aconteceu minha saída, como se tivesse sido parido de novo, mas dessa vez em pé, e do escuro de repente ao cair no chão me encontrava em um banheiro cheio de luz e toda minha verdade espalhada pelas paredes e todos meus órgãos ainda em mim, mas agora limpos. Em meio a toda a ilusão de um mundo inventado para aprisionar, tive um pouco de visão da realidade criativa.
Por isso, afirmo novamente, eu não sou louco...
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Noite do deus do vinho
Ah! A dança, a brincadeira, a festa...
Ah! Aquela mistura, aquelas cores todas do teu sorriso... debochado, ah...
Aquele seu perfume, os devaneios, sim os devaneios...
Ah! O beijo, o beijo doce, forte, quente, cheio de uma loucura,
de uma excitação crescente.
Seu corpo, a música, a festa, toda aquela gente... Ninguém...
Ah! A noite... a noite...
Evoé!
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Terra e sangue
Então, um belo dia, a gente morre.
Os pulmões ainda tem ar, o coração ainda funciona,
mas a gente esquece de como sofrer.
Tudo ao meu redor é horrendo, tudo é pesado e me da náuseas, sinto cada pedaço da mãe (terra) me tocar por todos os lados e sinto que já não sou parte dela, mas não posso me ver livre, sempre há os restos, sempre há trapos grudados em meu corpo.
Cego por minha ânsia de libertação, me debato com meus trapos, puxo, xingo, amaldiçoo, luto com tudo a minha volta, o ar o espaço, o chão e meus órgãos, tento tirá-los, mas é tudo inútil, tento mais, isso tudo pesa sobre minhas costas, arranco pedaços da terra em mim, mas sempre há restos, pego fogo por dentro, o escuro a minha volta é tão denso que chega a ser sólido, me esforço descomunalmente cada parte do meu corpo quer libertar o que resta de mim enquanto pode, caio, sinto o peso da terra (mãe) todo em mim.
Não há sofrimento, o que há é um certo caos que me move, um desejo incontrolável de controlar a mim. É muito? Porque a desgraça humana está em ser fruto do próprio ventre e ser obrigado a se subjugar ao útero. Somos paridos e gerados novamente a vida inteira inúmeras vezes até a loucura ou a morte, ou os dois.
O problema é a violência que é a vida. O problema é que nasci, se não fosse por isso não estaria aqui tão preso, tão morto, quero vingança, desprezo minha mãe por ter me dado a luz e me abrigado em seu seio, e por toda essa merda e essa prisão que se estende a minha volta, eu O desprezo por Ele querer de minha carne, desprezo a mim mesmo por ser o que sou, mas me amo e faço a única coisa que Ele não faz e que torna toda minha existência com mais sentido que a Dele.
Urino na Sua preciosa carne, ridícula, nesse pedaço de matéria podre, na minha carne crua e MORTA.
Ah... a vingança!
Os pulmões ainda tem ar, o coração ainda funciona,
mas a gente esquece de como sofrer.
Tudo ao meu redor é horrendo, tudo é pesado e me da náuseas, sinto cada pedaço da mãe (terra) me tocar por todos os lados e sinto que já não sou parte dela, mas não posso me ver livre, sempre há os restos, sempre há trapos grudados em meu corpo.
Cego por minha ânsia de libertação, me debato com meus trapos, puxo, xingo, amaldiçoo, luto com tudo a minha volta, o ar o espaço, o chão e meus órgãos, tento tirá-los, mas é tudo inútil, tento mais, isso tudo pesa sobre minhas costas, arranco pedaços da terra em mim, mas sempre há restos, pego fogo por dentro, o escuro a minha volta é tão denso que chega a ser sólido, me esforço descomunalmente cada parte do meu corpo quer libertar o que resta de mim enquanto pode, caio, sinto o peso da terra (mãe) todo em mim.
Não há sofrimento, o que há é um certo caos que me move, um desejo incontrolável de controlar a mim. É muito? Porque a desgraça humana está em ser fruto do próprio ventre e ser obrigado a se subjugar ao útero. Somos paridos e gerados novamente a vida inteira inúmeras vezes até a loucura ou a morte, ou os dois.
O problema é a violência que é a vida. O problema é que nasci, se não fosse por isso não estaria aqui tão preso, tão morto, quero vingança, desprezo minha mãe por ter me dado a luz e me abrigado em seu seio, e por toda essa merda e essa prisão que se estende a minha volta, eu O desprezo por Ele querer de minha carne, desprezo a mim mesmo por ser o que sou, mas me amo e faço a única coisa que Ele não faz e que torna toda minha existência com mais sentido que a Dele.
Urino na Sua preciosa carne, ridícula, nesse pedaço de matéria podre, na minha carne crua e MORTA.
Ah... a vingança!
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Atual mente
Atualmente minhas expectativas se confundem
Acho que tudo está errado
Mas não poderia estar de outro jeito
Então continuo
Eu
Continua o sol e o tempo o vento
E as expectativas
Há um excesso de estar em mim
Um excesso de explicações e significados
Há muita seriedade
E um mundo inteiro para viver
E isso não é nada demais
Acho que tudo está errado
Mas não poderia estar de outro jeito
Então continuo
Eu
Continua o sol e o tempo o vento
E as expectativas
Há um excesso de estar em mim
Um excesso de explicações e significados
Há muita seriedade
E um mundo inteiro para viver
E isso não é nada demais
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Sacrifício
Ao continuar a caminhada no degradante
Sinto o cheiro das cortinas de fumaça que se formam
Tenho ânsia
Preciso de minhas mentiras
Preciso da abstração
Para que o espelho
Por um momento
Pare de refletir minha realidade
Só na minha terra de cegos
É possível enxergar com venda nos olhos
No escuro
Não reclamo minha sina
O papel me agrada companheiro para outros mundos
Nele viajo por ruas e vilarejos desconhecidos
Esconderijos onde me protejo
Labirintos cerebrais
Perigosos labirintos sentimentais
Em que me perco e para achar a saída devo dexar ali
Uma parte mesmo que pequena
Um sacrifício necessário
O sangue do cordeiro que trará a luz
Sinto o cheiro das cortinas de fumaça que se formam
Tenho ânsia
Preciso de minhas mentiras
Preciso da abstração
Para que o espelho
Por um momento
Pare de refletir minha realidade
Só na minha terra de cegos
É possível enxergar com venda nos olhos
No escuro
Não reclamo minha sina
O papel me agrada companheiro para outros mundos
Nele viajo por ruas e vilarejos desconhecidos
Esconderijos onde me protejo
Labirintos cerebrais
Perigosos labirintos sentimentais
Em que me perco e para achar a saída devo dexar ali
Uma parte mesmo que pequena
Um sacrifício necessário
O sangue do cordeiro que trará a luz
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Texto referente ao fim do ciclo das confissões de um eu mais próximo de mim
O ar é diferente, um calor torpe me move de um lado pro outro em um cambaleio coordenado, o ventilador tem o som da modernidade, as maquinarias do meu tempo.
O meu maquinário anda em descompasso, um descompasso imenso, com nome e sobrenome, mas que dá a sensação mais deliciosa de viver.
Sinto pés e mãos se entrelaçando aos meus, sinto um fio de pensamento constante, sinto um ímã do tamanho do maracanã de magnetismo.
Não estou só apesar da solidão do momento, não fico mais só há algum tempo.
Hoje compreendo que o segredo das coisas é como eu ando sobre minhas águas, como pode o milagroso ser natural e completamente compreensível e simples.
Fisicamente, sinto desconfortos insolentes me atacando os nervos cansados, triturados.
Sinto textos saindo das pontas dos dedos como agulhas que me espetam, num dor gostosa e aguda.
Meus passos hoje são em terrenos incertos e cheios de um crescente desejo de seguir em frente, em campos que se harmonizam para que minha vida siga sendo um labirinto com destino certo, mas caminhos feitos por mim e nada é unilateral, mas todos os lados seguem para a mesma direção evidente...
Aqui um aviso: esse texto será um dos últimos tratando de mim mesmo, como tenho feito ultimamente, daqui pra frente, serão textos relacionados a outros eus e uma exploração de locais desconhecidos.
Me despeço por hora, mas peço que se preste a devida atenção a outros mundos explorados pelos outros eus com outras coisas...
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
O avesso do dia...
Um novo conceito de dor surge para desmoronar em cima de possibilidades e sonhos concretos. Sou um poço de dúvidas que anda, fala, pensa e sente, que perdeu o chão.
Minhas mãos doem em escrever essas linhas amargas, quero um texto mal escrito, quero nada além de tudo, os olhos cheios d'água, a cabeça enterrada em despropósitos cretinos, só vejo areia.
Hoje cito mais uma vez Bukowski:
" Mulheres: gostava das cores de suas roupas do jeito delas andarem da crueldade de certas caras. Vez por outra, via um rosto de beleza quase pura, total e completamente feminina. Elas levavam vantagem sobre a gente: planejavam melhor as coisas, eram mais organizadas. Enquanto os homens viam futebol, tomavam cerveja ou jogavam boliche, elas, as mulheres, pensavam na gente, concentradas, estudiosas, decididas: a nos aceitar, a nos descartar, a nos trocar, a nos matar ou simplesmente a nos abandonar. No fim das contas, pouco importava seja lá o que decidissem, a gente acabava mesmo na solidão e na loucura. "
Torço para que isso seja momentâneo e que minha dor desapareça, essa coisa que me cobre de poeira, não pode ter lugar em minha vida por muito tempo.
Quero novamente o gosto, quero a profundidade do que me completa.
Sou, nesse momento, a morte de uma metade em que outra metade é só pó e sombras.
Estou começando tudo pelo avesso, chego na saída, e perco a entrada.
Só me resta esperar, minha vida tem sido contada nessas esperas, mas não chega a ser feita delas, e sim do que se passa entre elas.
Hoje já não me importa o amanhã o que me importa hoje é o que está me matando e é a própria vida.
Hoje só quero ter um bom dia, para esquecer o que será de mim amanhã...
domingo, 23 de janeiro de 2011
Sentido...?
Agora com uma compreensão maior de tudo vejo outros lados de possibilidades impossíveis que entram pela janela junto ao sol.
Dia claro, uma expressão de uma alegria inexpressiva, uma coisa muito interna, é maior do que se imagina, mas profunda o bastante pra não me deixar com um sorriso estampado o tempo todo, na verdade acho que expressar a alegria dessa forma torna-a meio superficial.
O que sinto hoje é o inverso disso, é introjetado, são visões de dias melhores, visões de outras dimensões.
Visões penetrantes, excitantes, claras como o dia.
Olho para o quintal na frente da casa e vejo minha grade velha, as plantas balançando, a construção do outro lado da rua, o mercado, carros, muitos carros, aqui dentro chove, cai do teto em mim. Cubro tudo com plástico para não estragar, é difícil digitar assim, mas a tudo me adapto.
"Falta imaginação à maioria das pessoas supostamente valentes.
É como se não pudessem conceber o que aconteceria se alguma coisa saísse mal.
Os verdadeiros valentes vencem a sua imaginação e fazem o que devem fazer..."
(Charles Bokowski)
Palavras, palavras são importantes também, elas pegam carona no vento, trazem junto um hálito fresco de vida.
Gestos são a força de tudo isso, não só os reais, mas os que tem mais intenção do que movimento contam tanto quanto.
Há uma certa leveza e uma música de fundo que fazem dançar os pelos do corpo em um arrepio gostoso com cheio de inquietação.
E há presente nos momentos e nas palavras, e em todos os ambientes uma vontade de te ver...
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Com um gosto diferente, com eletricidade...
Faço viagens astrais ao fechar os olhos hoje, respiro o ar um pouco mais puro com gosto de mar que permanece dos primeiros momentos.
O olhar penetra direto para o peito, se espelha pela coluna, em um arrepio sem fim, mãos macias, pele macia.
O carinho se confunde entre os dois, flui como uma energia, uma troca, faz voltas pelo ar, se choca, se aperta, os rostos em contato, mãos no cabelo, sinto cada pedacinho, vejo o desejo queimar a cada movimento, tudo oscila entre prazer e afeto.
De repente tudo some e voltamos antes do big-bang acontecer, onde só existe energia, onde só existe calor e nós dois, o universo é nada além disso, nada além da sensação maravilhosa a de ter nos braços, ver sorrir, entender...
O tempo é curto, depois muito mais tempo, só depois, não tenho pressa, tenho querer. Quero depois ter você que me curou os males.
Meu depoimento não é extenso, poderia escrever um livro sobre isso, mas histórias assim, tem detalhes demais, introjetados na forma e no ser, profundos que são mais para serem sentidos do que contados.
Pra você, uma homenagem, você...
Inesperadamente, intensamente, imensamente, amante...
"Um facho de luz
Que a tudo seduz
Por aqui estrela cadente
Reluzentemente
Sem fim
E um cheiro de amor
Empestrado no ar
A me entorpecer
Quisera viesse do mar
E não de você
Um raio que inunda
De brilho
Uma noite perdida
Um estado de coisas
Tão puras
Que movem uma vida
E um verde profundo
No olhar
A me endoidecer
Quisera estivesse
No mar
E não em você
Porque seu coração
É uma ilha
A centenas
De milhas daqui"
(Chico Buarque de Holanda)
Mas ainda não, ainda temos tempo, é curto, depois, um dia, assim quero eu, muito mais tempo...
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Inquietador
Erros nos refletem mais do que acertos, esse miseráveis que nos perseguem sem que percebamos.
Não, não quero desabafar sobre algum erro ou me lamentar, acho isso ridículo e lastimável.
Tenho palavras duras como murros distribuídos para quem vê. Então se quer carinho das palavras hoje não é o dia de ler meu texto.
De saco cheio da hipocrisia, da minha hipocrisia, da minha impotência, do meu egoísmo. Medíocre!!!
Costumava escrever poesias, e hoje escrevo ofensas ao mundo, que bela decadência, não sou mais puro, não tenho mais alma, sou poeta morto e enterrado, mas meu texto continua, minha doença, meu vício, é tudo muito necessário, é tudo muito pertinente.
É tudo muito eu.
Mas calma, hoje ainda resta a esperança do fim do texto, de palavras mais amenas...
Mas meu espírito as desperdiça.
Vou tomar mais um gole do meu veneno e respirar mais um pouco de meu odor...
Não, não quero desabafar sobre algum erro ou me lamentar, acho isso ridículo e lastimável.
Tenho palavras duras como murros distribuídos para quem vê. Então se quer carinho das palavras hoje não é o dia de ler meu texto.
De saco cheio da hipocrisia, da minha hipocrisia, da minha impotência, do meu egoísmo. Medíocre!!!
Costumava escrever poesias, e hoje escrevo ofensas ao mundo, que bela decadência, não sou mais puro, não tenho mais alma, sou poeta morto e enterrado, mas meu texto continua, minha doença, meu vício, é tudo muito necessário, é tudo muito pertinente.
É tudo muito eu.
Mas calma, hoje ainda resta a esperança do fim do texto, de palavras mais amenas...
Mas meu espírito as desperdiça.
Vou tomar mais um gole do meu veneno e respirar mais um pouco de meu odor...
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Com coisas que me emocionam... Deixo Vinicius falar por mim...
É tudo o que tenho a dizer por hoje...
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
No inferno...
O vazio salta e me engole, direto para o abismo, com mãos e pés amarrados, não posso fazer nada além de me debater inutilmente.
O inferno aqui embaixo não é quente, o inferno aqui é dolorido e umido e solitário.
O inferno aqui embaixo é minha cabeça zonza, é um prédio de 50 andares em cima do peito.
Quero músicas fúnebres rodeando o caixão, o corpo retalhado, as chagas abertas expostas aos corvos, os donos da noite.
Não sou dono de mim em certas ocasiões, e nelas, quando me perco de vista, me firo, e marco no rosto, nos braços e no peito cicatrizes de minhas guerras pessoais.
Tenho hoje a mente de um homem doente, de um homem que é consciente demais de seus próprios atos, e carrega o peso de mil cruzes com espinhos em cada articulação.
São facas cortando o ar, nenhuma me acerta, mas a tensão e o medo me apertam, me sufocam, sinto o vento das facas passando por perto, estou quase certo que morrer de novo não é uma possibilidade, já morri todas as vezes que tinha direito e isso me foi tirado também.
Agora estou nú e sem qualquer sinal de algum lugar que não seja apavorante. Perdido choro sem saber o que fazer ou o que e aguarda. O que tenho nas mãos? Só o meu punhal sujo de meu pó, de meu corpo. sangue e suor.
Sangue e suor... o que tenho nas mãos?
Não sei, gritos entram pelos meus ouvidos, são horripilantes, sons cada vez mais altos, são meus! Meus gritos!
A dor!
A tortura!
Aaaaaaaaaaaahhh!!!!
Dor...
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Um texto inacabado de um dia nublado...
Em dias nublados ouço música, deixo a alma cansada pousar sobre o sofá um descanso pesado.
Descanso, nesse momento, de minha vida (e da de outros), descanso ao som de um dia que guarda no silêncio tons de cinza.
Em dias nublados eu tenho a alma cinza, os olhos vermelhos e tudo em mim é mais melancólico.
Parece que não tem fim, mas na verdade tudo é breve. Em dias nublados...
Descanso, nesse momento, de minha vida (e da de outros), descanso ao som de um dia que guarda no silêncio tons de cinza.
Em dias nublados eu tenho a alma cinza, os olhos vermelhos e tudo em mim é mais melancólico.
Parece que não tem fim, mas na verdade tudo é breve. Em dias nublados...
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Com Amadeus Mozart e Um texto de dentro do espelho (pela manhã)
O que vejo pela minha janela reflete o caos de meus dias.
Essa frase vem me martelando a cabeça desde que o fim de semana acabou e voltaram as obras na construção ao lado de casa. O inferno da poluição auditiva de morar em uma metrópole.
Há um livro a ser lido, há uma cabeça que dói e ainda são 9:30 da manhã (e eu não estou de ressaca).
Deveria estar.
Ouço o "Blue in Green" de Miles Davis, são sons soturnos que compõe a manhã ensolarada de mais um passo a caminho do fim de tudo que é vivo.
Me disseram uma vez que a vida é uma espera, mas ouço essas palavras com outro tom, vivendo o caminho dessa espera, afinal o que há de pior que esperar em silencio e no fim, alcançar? O que vem depois?
Minha vida hoje tem tons de cinza em uma espera continua por algo que já nem me lembro mais. A música acabou, resta um vácuo e os sons da construção. Minha mão passa forte pela cabeça deslocada, viajo por outros mundos enquanto escrevo sombras de mim mesmo, sombras, sombras são tudo o que vejo aqui de dentro do espelho, de onde enxergo o mundo lá de fora em borrões tortos, deformados, as imagens não deveriam ser precisas? O bom das coisas distorcidas são que elas não são as mesmas nunca, elas continuam a se transformar, por isso preciso permanecer no espelho, para ter uma imagem real do que se movimenta, uma imagem de minha mudança constante.
Ainda há o vazio a ser preenchido como que um buraco em mim, já tentei por vezes preenchê-lo sem sucesso, me acompanha desde o momento de minha criação e não cessa, não por agora, por agora continuo vivendo no sentido oculto das coisas.
E como diz Alberto Caiero: "O único sentido oculto das coisas é elas não terem sentido oculto nenhum."
Nada põe sentido nas coisas vejo além de mim, ou um outro eu... Ou quem escreve esses textos...
PS.: Esse texto é quase sincero, mas ainda não acredito...
Essa frase vem me martelando a cabeça desde que o fim de semana acabou e voltaram as obras na construção ao lado de casa. O inferno da poluição auditiva de morar em uma metrópole.
Há um livro a ser lido, há uma cabeça que dói e ainda são 9:30 da manhã (e eu não estou de ressaca).
Deveria estar.
Ouço o "Blue in Green" de Miles Davis, são sons soturnos que compõe a manhã ensolarada de mais um passo a caminho do fim de tudo que é vivo.
Me disseram uma vez que a vida é uma espera, mas ouço essas palavras com outro tom, vivendo o caminho dessa espera, afinal o que há de pior que esperar em silencio e no fim, alcançar? O que vem depois?
Minha vida hoje tem tons de cinza em uma espera continua por algo que já nem me lembro mais. A música acabou, resta um vácuo e os sons da construção. Minha mão passa forte pela cabeça deslocada, viajo por outros mundos enquanto escrevo sombras de mim mesmo, sombras, sombras são tudo o que vejo aqui de dentro do espelho, de onde enxergo o mundo lá de fora em borrões tortos, deformados, as imagens não deveriam ser precisas? O bom das coisas distorcidas são que elas não são as mesmas nunca, elas continuam a se transformar, por isso preciso permanecer no espelho, para ter uma imagem real do que se movimenta, uma imagem de minha mudança constante.
Ainda há o vazio a ser preenchido como que um buraco em mim, já tentei por vezes preenchê-lo sem sucesso, me acompanha desde o momento de minha criação e não cessa, não por agora, por agora continuo vivendo no sentido oculto das coisas.
E como diz Alberto Caiero: "O único sentido oculto das coisas é elas não terem sentido oculto nenhum."
Nada põe sentido nas coisas vejo além de mim, ou um outro eu... Ou quem escreve esses textos...
"Condenados os malditos
e lançados às chamas devoradoras
chama-me junto aos benditos.
Oro, suplicante e prostrado
o coração contrito, quase em cinzas
tomai conta do meu fim."
Wolfgang Amadeus Mozart
PS.: Esse texto é quase sincero, mas ainda não acredito...
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Qualquer coisa sobre frustração
Quantas pessoas em que deposito toda minha boa vontade não tem nem a decência de me perguntar como estou sinceramente, há um mar de futilidades idiotas de todo tipo a minha volta, tanta hipocrisia que chega a ser indecente, há também um certo descaso de minha parte que transfigura só mais um pouco do veneno que pinta os muros de todas as casas.
Há coisas me incomodando tanto nesse momento que nem tenho coragem de registrá-las.
Por isso hoje, preciso de esquecimento e contentamento por hora, para depois poder lidar com o que me assombra.
Vai chover daqui a pouco, isso torna as coisas mais agradáveis, torna o calor mais ameno e minha noite até suportável.
Estou sem saco para isso hoje, isso tudo está uma merda, não estou nada inspirado.
Leiam o das 2 da manhã ou o do sexo de novo.
Boa noite... Quem sabe amanhã...
sábado, 8 de janeiro de 2011
Com uma fantasia e uma metáfora sobre sexo
Hoje escrevo um orgasmo, tenho Dioniso parado a meu lado, como um vigia noturno de meus pensamentos mais profundos.
Caio num mundo de fantasias minhas das mais deliciosas orgias sexuais, pois a noite, apesar de só a Deus pertence! Cercado de todos os lados por desejo de carne, de vinho e gozo.
Imagens belas que me atiram pra perto de um estado de êxtase, me arrancam do chão pra me surrar no ar.
Quero mais, (sempre, as coisas fogem do controle rapidinho assim, essa história de querer mais é sempre o que me leva ao erro), quero penetrar mais fundo no próprio desejo, sentir o éter subir pelo ar pra anestesiar meus sentidos, me trazer o conforto molhado do gozo, quero que os móveis desapareçam, que a sala perca dimensões de tamanho, o tempo some...
Uma mordida no lábio, um decote, a imaginação começa a tirar as roupas antes que se possa dizer qualquer coisa, vêem flashs e as paredes se pintam com imagens. Faço sexo com as paredes nesse momento (não literalmente, é só uma metáfora), mergulho numa abstração do mundo em que as coisa me engolem e eu só cresço; de dentro para fora músculos se tensionam em contrações ondulares.
Respiro ofegante o diafragma se aperta, posso sentir o tocar da pele a firmeza das curvas, o atrito dos movimentos, o suor levemente misturado a nudez absoluta de um ato intenso como a cavidade mais profunda da alma. Entre as pernas se encontra uma prisão, que se faz por ser paraíso, perdido? Perder-me-ei em mar de águas gozozas, entre seios , barriga, pescoço, mãos; entre gostos, cheiros, suavidades das carícias, apertos e unhadas. Ao olhar para o rosto que expressa o gosto do desejo puro, no fim da noite não quero mais parar aqui, meus sentidos já cegos vão... se... per.den..do... em... go... ......
Eterno...
Caio num mundo de fantasias minhas das mais deliciosas orgias sexuais, pois a noite, apesar de só a Deus pertence! Cercado de todos os lados por desejo de carne, de vinho e gozo.
Imagens belas que me atiram pra perto de um estado de êxtase, me arrancam do chão pra me surrar no ar.
Quero mais, (sempre, as coisas fogem do controle rapidinho assim, essa história de querer mais é sempre o que me leva ao erro), quero penetrar mais fundo no próprio desejo, sentir o éter subir pelo ar pra anestesiar meus sentidos, me trazer o conforto molhado do gozo, quero que os móveis desapareçam, que a sala perca dimensões de tamanho, o tempo some...
Uma mordida no lábio, um decote, a imaginação começa a tirar as roupas antes que se possa dizer qualquer coisa, vêem flashs e as paredes se pintam com imagens. Faço sexo com as paredes nesse momento (não literalmente, é só uma metáfora), mergulho numa abstração do mundo em que as coisa me engolem e eu só cresço; de dentro para fora músculos se tensionam em contrações ondulares.
Respiro ofegante o diafragma se aperta, posso sentir o tocar da pele a firmeza das curvas, o atrito dos movimentos, o suor levemente misturado a nudez absoluta de um ato intenso como a cavidade mais profunda da alma. Entre as pernas se encontra uma prisão, que se faz por ser paraíso, perdido? Perder-me-ei em mar de águas gozozas, entre seios , barriga, pescoço, mãos; entre gostos, cheiros, suavidades das carícias, apertos e unhadas. Ao olhar para o rosto que expressa o gosto do desejo puro, no fim da noite não quero mais parar aqui, meus sentidos já cegos vão... se... per.den..do... em... go... ......
Eterno...
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
2 da manhã... E um punhado de palavras
Eu com mais um pouco de uma inquietação assombrosa. São 2 da manhã e não consigo dormir, estou agitado, não sei bem o que quero ou espero, mas essa inquietação não é normal. Está muito calor agora e eu vôo de um lado pro outro com os olhos (um bocejo), meu corpo precisa dormir, sinto tudo o que penso palavra por palavra pra compor o texto, isso me deixa zonzo, mas é divertido, se torna frenético o digitar, o som das teclas, as letras brancas no teclado preto para cima e para baixo a uma velocidade hipnotizadora. Eu estou sozinho na sala e está tudo estranhamente quieto, tudo menos eu, eu que não paro, que tenho que escrever. Acho que é o que chamam de diarréia mental. Desce tudo, descarrega, não para, como um tobogã do cérebro direto para as pontas dos dedos. Acho que estou perdendo o jeito para a escrita. Não escrevo mais nada do que me orgulhar. Na verdade nunca escrevi para me orgulhar de nada, minhas escritas são apenas confissões de mim mesmo de coisas que estão prontas a assumir uma identidade monstruosa e me engolir, ponho-as para fora para que não o façam, é como chutar o gato de dentro de casa (sou contra violência com animais, isso foi só um exemplo) ou colocar o lixo para fora . Não posso mais continuar, pois minha diarréia terminou, vou me limpar agora...
Ps.: Observaram quantos "não" há nesse texto???
Esse texto na verdade é só uma negação de mim mesmo, uma barreira de impulsos, então peço a todos que realmente o desconsiderem, pois é a verdade mais mentirosa já dita aqui... eu mesmo não acredito em nada aqui contido...
Ps.: Observaram quantos "não" há nesse texto???
Esse texto na verdade é só uma negação de mim mesmo, uma barreira de impulsos, então peço a todos que realmente o desconsiderem, pois é a verdade mais mentirosa já dita aqui... eu mesmo não acredito em nada aqui contido...
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Dor compartilhada
A dor Dela me consumiu durante o dia e estava presente durante todos os atos, ela some as vezes , mas volta quando menos espero para atormentar.
Tem também o sentimento de impotência que percorre as veias do fracasso. Quero fazer passar - quero tragar sua dor para sarar a minha.
Mas não posso, não vai parar, o que posso fazer é esperar por notícias suas e me lamentar como todo bom desprovido de meios (força e vontade eu tenho) para lutar.
Ela estava com voz de choro no telefone, aquele choro, aquela noite sem dormir, aquele som de tristeza...
Eu ia ligar agora e Ela apareceu... Vou correndo socorrer, pelo menos com palavras. Porque o amor, esse sentimento estranho, é assim: a gente luta por quem, com as armas que possui.
Sem mais, não sou a favor do luto. Então me proponho a fazer esquecer essa dor, já temos dores demais...
Tem também o sentimento de impotência que percorre as veias do fracasso. Quero fazer passar - quero tragar sua dor para sarar a minha.
Mas não posso, não vai parar, o que posso fazer é esperar por notícias suas e me lamentar como todo bom desprovido de meios (força e vontade eu tenho) para lutar.
Ela estava com voz de choro no telefone, aquele choro, aquela noite sem dormir, aquele som de tristeza...
Eu ia ligar agora e Ela apareceu... Vou correndo socorrer, pelo menos com palavras. Porque o amor, esse sentimento estranho, é assim: a gente luta por quem, com as armas que possui.
Sem mais, não sou a favor do luto. Então me proponho a fazer esquecer essa dor, já temos dores demais...
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Eu com chuva e uma taça de vinho
Tenho hoje em mim uma ansiedade que corre por tudo, as paredes escorrem e o corpo transige com toda avidez que está cheia minha alma.
A chuva cai do lado de fora. Hoje meu planos eram de sol, mas ele foi embora, me deixou aqui para morrer de novo na frente do computador.
Hoje ouço confissões, digo confissões, recordo amores, invento um texto, mando uma mensagem, faço um telefonema, tento sair de toda essa lama, mas continuo me afogando.
Toda a casa hoje é pouco iluminada por causa desse tempo ruim, essa umidade que invade a casa e abafa tudo.
Presto atenção em coisas que não valem a pena serem descritas, mas que me tiram de meu contexto por uns instantes. É aquela velha falta de concentração que me atrapalha em todas minhas artes.
Volto para cá e estou de novo mergulhado em mim, sinto sede, presto atenção aos detalhes do meu corpo, lábios secos, ombros tensos, costas levemente inclinadas, minha orelha coça, e minha perna cruzada dói, estou atento a todos os pontos de tensão (pausa para pegar um vinho).
Desce suave, sinto o gosto da uva no vinho barato como um alivio para a tensão sobreposta de músculos e nervos, a taça azul posta sobre a mesa do computador cria uma imagem de quadro ou coisa aproximada.
Ouço uma música que não toca em lugar nenhum ecoar pelas paredes, acho que está na hora de deixar esse texto de lado...
A chuva cai do lado de fora. Hoje meu planos eram de sol, mas ele foi embora, me deixou aqui para morrer de novo na frente do computador.
Hoje ouço confissões, digo confissões, recordo amores, invento um texto, mando uma mensagem, faço um telefonema, tento sair de toda essa lama, mas continuo me afogando.
Toda a casa hoje é pouco iluminada por causa desse tempo ruim, essa umidade que invade a casa e abafa tudo.
Presto atenção em coisas que não valem a pena serem descritas, mas que me tiram de meu contexto por uns instantes. É aquela velha falta de concentração que me atrapalha em todas minhas artes.
Volto para cá e estou de novo mergulhado em mim, sinto sede, presto atenção aos detalhes do meu corpo, lábios secos, ombros tensos, costas levemente inclinadas, minha orelha coça, e minha perna cruzada dói, estou atento a todos os pontos de tensão (pausa para pegar um vinho).
Desce suave, sinto o gosto da uva no vinho barato como um alivio para a tensão sobreposta de músculos e nervos, a taça azul posta sobre a mesa do computador cria uma imagem de quadro ou coisa aproximada.
Ouço uma música que não toca em lugar nenhum ecoar pelas paredes, acho que está na hora de deixar esse texto de lado...
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Indecifrável
Noite nublada.
Escrevo pela primeira vez com esse novo instrumento de minha voz.
Voz?
Sim, me serve de voz, pois me ajuda a falar comigo mesmo, preciso de cada linha cada palavra cada espaço parar colocar o que me atormenta pela goela afora.
Nesse momento essa imagem , esse título resumem meu desconforto confortável.
Estou na minha sala e tento captar as mil ondas de pensamentos que voam por cima da minha cabeça, mas eles fogem para longe ao menor movimento que faço, então, resumo essa primeira postagem a esse breve comentário.
Tenho pensado muito naquela conversa no bar, antes da viagem. Tenho pensado muito em outras conversas, em outras ocasiões. Tudo se mistura, mas mantenho meu desejo bem definido e fixo.
Chego a conclusão alguma no meio de tudo isso. e acabo retornando ao estado do título desse texto e achando tudo muito indecifrável.
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